Estava deitada no chão do meu quarto, os livros de história jogados ao lado. O estado cômico em que se encontravam, todos abertos; dispersos, mostrava o desprezo pela prova que me espera na próxima segunda-feira. Em cima da poltrona, o celular recarregando a bateria, e no ouvido, o fone tocando "I don't wanna miss a thing".
Incrível o poder de flashback que essa música exerce na minha cabeça. Lembro-me de momentos que nunca mais se repetirão - nem que eles inspirem outros, não terá volta -, e fico triste por lembrar de alguém que paralisou seu mundo naqueles momentos.
Recebi uma mensagem dessa pessoa contando-me que sua cadela, que há doze anos atrás brincava com a gente, havia falecido. Fiquei mais triste pela desolação em que se encontrava. Após alguns obstáculos que coincidentemente passamos na mesma época, eu sobrevivi - mas ele ficou.
Ele entregou os pontos, agora tem medo de viver, foge de tudo e congelou a sua vida, vivendo agora só de memórias. Isso piorou agora, com a ida da única acompanhante de sua realidade.
É engraçado passar em frente à casa dele - onde criamos momentos especiais e ali os nossos pensamentos acordaram em nunca esquecermos um do outro. Quando lá passo, vejo a mesma planta com o mesmo aspecto no mesmo lugar, o mesmo vidro da porta trincado, a mesma cor palidecida na parede... Até que eu fujo daquela calçada, com uma pontada de dor no coração.
Incrível o poder de flashback que essa música exerce na minha cabeça. Lembro-me de momentos que nunca mais se repetirão - nem que eles inspirem outros, não terá volta -, e fico triste por lembrar de alguém que paralisou seu mundo naqueles momentos.
Recebi uma mensagem dessa pessoa contando-me que sua cadela, que há doze anos atrás brincava com a gente, havia falecido. Fiquei mais triste pela desolação em que se encontrava. Após alguns obstáculos que coincidentemente passamos na mesma época, eu sobrevivi - mas ele ficou.
Ele entregou os pontos, agora tem medo de viver, foge de tudo e congelou a sua vida, vivendo agora só de memórias. Isso piorou agora, com a ida da única acompanhante de sua realidade.
É engraçado passar em frente à casa dele - onde criamos momentos especiais e ali os nossos pensamentos acordaram em nunca esquecermos um do outro. Quando lá passo, vejo a mesma planta com o mesmo aspecto no mesmo lugar, o mesmo vidro da porta trincado, a mesma cor palidecida na parede... Até que eu fujo daquela calçada, com uma pontada de dor no coração.
4 comentários:
Nossa Luh, vc escreve bem.
Ah... vc gosta de cachorros?
Jah pensou em escrever um livro Louuu?????
ele ficou, nós fomos, existe alguma ponte que nos interligará?
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