É necessário vivenciar certas coisas para finalmente compreender e botar em prática os conselhos que estamos cansados de ouvir dos nossos pais. Quanto mais repetidos, mais valor eles têm ( e menos são obedecidos ). Talvez, se o mundo ouvisse os conselhos dos pais, muita gente não estaria tão desacreditada desse modo.
Meu pai sempre tentou me fazer entender que tudo na vida, tudo mesmo, é passageiro... E a única certeza que temos, é a morte.
( Discursinho manjado, não?! Pois é, aposto que você também não dá a devida atenção)
Todos os amigos, lugares, fases... Tudo irá passar! Não adianta tentar prolongar ou tentar repetir: acabou e ponto.
Curioso é que após tal lição ser aprendida (quando e como aprendi ficará para outra nostalgia), ocorreu o inverso, e meu pai nunca tinha me falado o que se deve fazer quando acontece. Até agora eu não aprendi...
Uma pessoa entra rapidamente em sua vida, e participa efetivamente - de forma que está mais presente no seu dia do que a sua própria mãe, e se pá, vira uma pessoa mais importante que aqueles primos do interior que você só vê no casamento ou no enterro dos familiares.
Tudo lindo, tudo certo, tudo bem. Aí, da-se aquela imensurável mancada, algo que até então nunca tinha feito nas mesmas proporções com outrem. Claro que em seu direito de defesa, a pessoa se afasta, e após tomar cápsulas do remédio tempo, ela te perdoa.
E então, pai? O que eu faço quando aquele lugar, aquela fase continuam e a pessoa vai embora da sua vida, permanecendo ali, meio que estática no canto dela? Tento interagir, brincar, me aproximar - mas quando nele toco, sinto um iceberg a ser quebrado.
Pior do que tentar se aproximar de um desconhecido na fila do banco, é tentar se reaproximar sem sucesso.